Abissal

trazia entre coxas

a tez de debochada donzela

que alva

compreendia

do negro

doce

abissal

desejo

que dentro

ardia

rosa berty

escopo

na boca o gosto

do gozo poema

que escorre

alvo prazer

a face que graceja

rosa berty

pícara

 me mostro

aberta

eis que vivo

arteira

alerta

sentinela

do gozo

vazante 

sem cela

pícara

tratante

moldada a golpes de 

vara

na cara

rosa berty

descarte

esta tua boca airosa de riso franco

que aprecio até os dentes

que  me morde

mastiga e cospe.

teus braços

quando me envolve o corpo

e me lança contra parede.

teu corpo

é você todo, onde habito

por me despir inteira

e me foder

os devaneios...

eu trepo com a ausência

que você deixou

essa marca indelével

este teu cheiro...

rosa berty

calo nada

no calar não silencio 

nada

nem nego o que penso 

todavia

meu desejo 

vibra

em palavras

entre dedos

e entre as gretas

de meu corpo

franco &

fraco

...e me derramo

úmida

torno-me

renda

vazada

ao me render

evaporo

...e gozo

rosa berty

Proa

te bendigo loas

camaleão, camaleoas

na pele o fruir de outras pessoas

onde ejacula, se derrama

e escoas

...e eu não me apeio,

navego proa

rosa berty

premeditado

minha derme

absorve espermatozoides

inquietos

postos num assassínio em massa

quando o ejacuado me goza a cara

abortamos o tempo

e minha cútis cheia de viço

agradece satisfeita

Rosa Berty